10 mentiras sobre o vinho
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Chega de mentiras! Até porque, “in vino veritas”, ou seja, no vinho está a verdade! E também, o bom humor...!
O correto é servir diferentes vinhos ao longo da refeição.
Mentira. É possível acertar, também, servindo um único vinho, do começo ao final. Por exemplo, um tinto Pinot Noir é uma ótima escolha para um aperitivo baseado em queijo brie, um jantar com fondue de carne, e um tradicional Romeu e Julieta de sobremesa.
Vinho espumante só é bom quando jovem.
Mentira. Na verdade, bons Champagnes de boas safras podem envelhecer por décadas! Isso, desde que armazenados nas condições ideais, em locais frios, escuros e úmidos. É verdade que perderão parte de sua efervescência, mas ganharão complexidade, para compensar.
Sempre é uma boa ideia comprar vinhos bem pontuados.
Mentira. Assim como você também não vai gostar de todos os filmes indicados ao Oscar, em todas as categorias! A pontuação é um bom indicativo, mas veja, antes de mais nada, se o tipo de vinho é do seu agrado.
Só os barris podem colocar o vinho em contato com o carvalho.
Mentira. O alto custo de um barril fez com que várias técnicas alternativas tenham sido desenvolvidas, na tentativa de alcançar o mesmo resultado de amadurecimento, só que em cubas de aço inoxidável. Estamos falando de carvalho em pedaços, cubos ou lascas! Para ler sobre isso, clique aqui.
Os vinhos nacionais são de qualidade inferior.
Mentira. Há vinhos brasileiros melhores, e vinhos brasileiros piores. Assim como há vinhos portugueses melhores, e vinhos portugueses piores, e vinhos franceses melhores, e vinhos franceses piores. Péssima ideia pré-julgar um vinho, somente a partir de sua nacionalidade.
A maioria dos vinhos brancos alemães são doces.
Mentira. Pode até ter sido verdade, mas hoje em dia, a Alemanha produz uma enorme variedade de vinhos secos, muito equilibrados e excepcionalmente complexos. Esqueça aquele passado dos vinhos de garrafa azul. Conheça os alemães atuais, e surpreenda-se.
Vinho argentino bom, só Malbec mesmo.
Mentira. O país ganhou notoriedade com excelentes vinhos produzidos com Malbec, mas vem ganhando terreno com Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Torrontés... Amplie seu repertório de vinhos argentinos, e não se arrependerá.
Queijo só combina com vinho tinto.
Mentira. Na verdade, a acidez dos vinhos brancos, ao estimular a nossa salivação, tende a diluir melhor a gordura presente nos queijos. O princípio, de fato, é: queijos mais leves, vinhos mais leves; queijos mais “ricos”, vinhos mais encorpados. Para ler mais sobre isso, clique aqui.
Um bom vinho não pode ter um aroma esquisito.
Mentira. Um Bordeaux pode cheirar à terra úmida, um Shiraz pode remeter a fumo queimado, um bom Riesling pode ter aromas que lembrem gasolina, e um Sauvignon Blanc de alta qualidade pode trazer à lembrança, vejam só, xixi de gato!
O vinho de antigamente era melhor do que o de hoje!
Mentira. O enólogo, hoje, tem um domínio muito maior sobre todas as etapas do processo, e a indústria como um todo está mais profissionalizada. Há menos bolor nos vinhedos, as uvas ficam mais tempo nas vinhas, sendo colhidas mais maduras do que eram no passado, e há perfeito controle de temperatura durante a fermentação, só para citar alguns dos avanços.
E, para ler outras mentirinhas relacionadas ao vinho, clique aqui.
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